9.4.07

Repetir para nunca mais esquecer

Como me fui esquecer do contexto histórico-cultural que antecedeu a I Guerra Mundial, como?!
E recordando, sucintamente, vemos então as coisas assim:

Uma Europa no início do séc. XX no auge do seu poderio, possuidora de vastos territórios espalhados pelo mundo, mas no seu interior, o continente europeu era espelho de uma região fortemente dividida, cheia de contrastes e de profundas tensões políticas e sociais:
  • a Ocidente - predomínio das democracias liberais, regimes políticos parlamentares apoiados por uma burguesia forte e influente;
  • Europa Central e Oriental - domínio de regimes políticos autoritários, que recusam todas as democracias liberais, e os monarcas apoiavam-se no exército e numa aristocracia de grandes proprietários. Contudo, e nestas monarquias autoritárias, o processo de industrialização estava a gerar uma burguesia e um proletariado cada vez mais activos que não cessavam de exigir uma maior participação na vida política (são criados parlamentos eleitos mas de poder limitado.)
Desde a 2º metade do séc. XIX que se verificaram em diversos países europeus, profundos antagonismos sociais, agudizados pela industrialização - surge, uma classe operária cada vez mais numerosa e combativa, permitindo a criação de partidos socialistas de influência marxista que procuravam lutar contra o liberalismo e o sistema capitalista.

Numa Europa instável e dividida, acumulavam-se perigosas tensões entre as grandes potências, provocadas pela rivalidade económica. A Inglaterra, principal potência industrial tinha como rival a Alemanha, que se apresenta com um enorme crescimento económico após a unificação do país (1871) e que desencadeia uma cerrada competição com a Inglaterra e a França pela posse dos melhores mercados e pelo domínio de áreas ricas em matérias-primas (África e Ásia, zonas do colonialismo europeu).